O livro de Lamentações expressa a completa confiança de Jeremias em Deus. Na mais extrema angústia e esmagadora derrota, sem haver absolutamente esperança de conforto de alguma fonte humana, o profeta aguarda a salvação da mão do grande Deus do universo, Jeová. Lamentações deve inspirar em todos os verdadeiros adoradores a obediência e integridade, dando ao mesmo tempo aviso temível concernente àqueles que desconsideram o maior dos nomes e o que este representa. Não há registro na história de outra cidade arruinada que tenha sido lamentada em tal linguagem patética e comovente. É, certamente, proveitoso em descrever a severidade de Deus para com os que continuam a ser rebeldes, obstinados e impenitentes.
Lamentações é também de proveito em mostrar o cumprimento de bom número de advertências e profecias divinas. (Lam. 1:2—Jer. 30:14; Lam. 2:15—Jer. 18:16; Lam. 2:17—Lev. 26:17; Lam. 2:20—Deut. 28:53) Note, também, que Lamentações fornece um testemunho vívido do cumprimento de Deuteronômio 28:63-65. Outrossim, o livro contém numerosas referências a outras partes das santas Escrituras. (Lam. 2:15—Sal. 48:2; Lam. 3:24—Sal. 119:57) Daniel 9:5-14 confirma Lamentações 1:5 e 3:42 em mostrar que a calamidade veio devido às próprias transgressões do povo.
É realmente confrangedor o trágico flagelo de Jerusalém! No meio de tudo isso, porém, Lamentações expressa confiança de que Jeová mostrará benevolência e misericórdia e de que se lembrará de Sião e a trará de volta. (Lam. 3:31, 32; 4:22) Expressa esperança em “novos dias”, como no tempo antigo, quando os reis Davi e Salomão reinavam em Jerusalém. Ainda vigora o pacto de Jeová com Davi para um reino eterno! “As suas misericórdias certamente não acabarão. São novas cada manhã.” E continuarão para com os que amam a Jeová até que, sob o seu justo domínio do Reino, toda criatura que vive exclame em agradecimentos: “Jeová é o meu quinhão.” — 5:21; 3:22-24.