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 Megido — antigo campo de batalha de significado profético

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são vieira




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Megido — antigo campo de batalha de significado profético Empty
MensagemAssunto: Megido — antigo campo de batalha de significado profético   Megido — antigo campo de batalha de significado profético EmptyQua Ago 25, 2010 5:56 am


“PEREÇAM assim todos os teus inimigos, ó Jeová.” Assim finalizava um canto de vitória composto há mais de 32 séculos. Comemorava um triunfo militar perto da antiga cidade de Megido.

Segundo o relato bíblico, o Juiz Baraque, de Israel, recebera ordens de Deus para estacionar 10.000 homens no monte Tabor. Um número impressivo? Talvez. Mas os 10.000 voluntários estavam lamentavelmente mal-equipados. “Não se via nem escudo nem lança.” (Juízes 5:Cool Não se dava o mesmo com o inimigo, porém. Comandado pelo general Sísera, o exército cananeu dispunha da mais recente conquista em matéria de tecnologia militar: “Novecentos carros de guerra com foices de ferro.” (Juízes 4:3) Estes davam aos cananeus a superioridade na velocidade e na maneabilidade, e também uma enorme vantagem psicológica.

Mas a vitória não seria fruto de proeza e equipamento militar. As muito superiores tropas de Sísera foram atraídas ao então seco vale da torrente de Quisom. Jeová deu a Baraque o sinal para descer. Imagine 10.000 homens descendo o monte e convergindo para a planície do vale! Mas daí, inesperadamente, Jeová causa uma tempestade. Vento e chuva fustigam a face dos inimigos. O vale do rio Quisom torna-se uma furiosa torrente, imobilizando os carros de guerra de Sísera num mar de lama. Lançadas em confusão, as tropas de Sísera fogem aterrorizadas, são perseguidas e executadas. “Não restou nem sequer um.” — Juízes, capítulos 4 e 5.

Não é de admirar que essa assombrosa vitória inspirasse as palavras: “Pereçam assim todos os teus inimigos, ó Jeová, e sejam os que te amam como quando o sol sai na sua potência.” (Juízes 5:31) Note, porém, a palavra “assim”. Ela sugere que a batalha era profética, que apontava para uma futura guerra maior em que todos os inimigos de Deus pereceriam.

Mas, os povos hostis que cercavam Israel logo esqueceram este encontro desastroso. Apenas 47 anos mais tarde, uma união de nações sob a chefia de Midiã ‘ajuntou-se à uma e passou a acampar-se na baixada de Jezreel’, o vale que se estende de Megido. (Juízes 6:33) Estes inimigos acampados eram “numerosos como os gafanhotos”. Desta vez, porém, o exército de Israel era apenas um pequeno, mas corajoso, grupo de 300 homens, “ao redor do acampamento”, chefiados por Gideão. A um sinal, os 300 soaram buzinas, ruidosamente destroçaram jarros, agitaram tochas e bradaram um aterrorizante grito de guerra: “A espada de Jeová e de Gideão!” Os midianitas entraram em pânico! “Jeová passou a tornar a espada de cada um contra o outro”, e o pequeno grupo de Gideão completou a derrota! — Juízes, capítulo 7.

Não ousemos cometer o erro dos midianitas e tampouco menosprezar o significado de Megido! Umas 12 vezes a Bíblia se refere a este antigo campo de batalha. Ademais, a profecia bíblica indica que o que aconteceu em Megido tem sérias implicações para os nossos dias. Portanto, consideremos brevemente o que tanto a Bíblia como a arqueologia dizem sobre este local histórico.

Entroncamento do Mundo Antigo

Megido, junto com as cidades de Hazor e Gezer, certa vez controlava uma importante rota militar e comercial entre a Ásia e a África. Megido ficava entre essas duas cidades e era portanto a mais estrategicamente localizada. Para sua planície convergiam de todas as direcções passagens naturais, passagens entre as montanhas, e estradas. “Megido”, explica A Geografia da Bíblia (em inglês), “ficava num cruzamento, de fato, num dos maiores cruzamentos do mundo antigo”.

Megido dominava uma grande planície que se estendia uns 30 quilómetros ao longo do lado noroeste da cadeia do monte Carmelo. Durante o inverno chuvoso, as águas que desciam das montanhas circundantes transbordavam o vizinho rio Quisom. Assim, a região também é chamada “vale da torrente de Quisom”. (Juízes 4:13) “Com as chuvas de inverno”, diz o livro Geografia de Israel, o solo do vale “está sujeito a se transformar em lama espessa. . . . O declive do Quisom é muito pequeno, e o escoadouro. . . facilmente bloqueável; de modo que aqui os pantanais se alargam”. Sísera e seus exércitos descobriram quão lamacenta esta planície pode ficar. Não obstante, no seco verão esta planície era local ideal para o exercício de carros de guerra. (Veja Cântico de Salomão 6: 11, 12.) Tropas militares também poderiam juntar-se convenientemente ali.

Não é de admirar, portanto, que o Rei Salomão tomasse medidas para fortificar Megido: “Ora, este é o relato sobre os recrutados para trabalho forçado, que o Rei Salomão recrutou para construir. . . a muralha de Jerusalém, e Hazor, e Megido, e Gezer.” (1 Reis 9:15) Um outeiro de uns 20 metros, que domina uma larga e ampla planície, assinala hoje o local em que Megido se situava. Nos tempos antigos, novas estruturas amiúde eram construídas em cima das ruínas das mais antigas. Cada nível de construção pode, portanto, assinalar uma época específica na história. Começando de cima, o arqueólogo escava seu caminho através de camada após camada de história. Pelo menos 20 dessas camadas foram descobertas em Megido, indicando que a cidade foi reconstruída muitas vezes. E como a Bíblia tem ajudado a esses pacientes escavadores?

Construir portões de cidade era sem dúvida uma parte vital do projecto de fortalecer Megido, Hazor e Gezer, empreendido por Salomão. Algum tempo atrás tais portões foram descobertos em Megido. Logo depois, portões idênticos foram encontrados em Hazor. Assim, seguindo uma pista da Bíblia, os arqueólogos começaram a procurar também em Gezer. Sem surpresa, portões do mesmo estilo foram encontrados também ali. O que isso significa para os estudantes da Bíblia? Um bem-conhecido arqueólogo, o professor Yohanan Aharoni, diz:

“Nas escavações feitas nos três lugares, portões de formato idêntico foram descobertos em camadas do décimo século AEC. . . . Portões como estes, com três salas de guarda e quatro conjuntos de pilastras em cada lado da passagem, foram descobertos até agora em somente dois outros lugares. . . . Portanto, existe virtualmente total acordo entre os eruditos que os portões de Hazor, Megido e Gezer, com seus compartimentos triplos, pertencem ao reinado de Salomão.”

O Dr. Yigael Yadin conclui similarmente: “O achado das fortificações de Salomão em Hazor, Megido e Gezer é um exemplo instrutivo de como a Bíblia é um guia importante e prático para os arqueólogos.”

Um Campo de Batalha Decisivo

Em vista da localização estratégica de Megido, já cedo na história ela veio a ser ligada com a idéia de um campo de batalha, o que é bem compreensível. Realmente, consta que a antiga palavra hebraica para “Megido” significa “zona de concentração, ou, ajuntamento de tropas”. O professor Aharoni escreveu:

“Megido era uma cidade fortificada de grande importância, apesar de não ser mencionada em fontes históricas até o século quinze AC. Naquela época ela aparece nas inscrições de Tutmés III. Os anais deste faraó registram que Megido liderou uma confederação de cidades cananéias rebeldes. . . . O exército egípcio e os carros de guerra cananeus travaram a batalha decisiva desta rebelião. . . perto de Megido. Trata-se do mais antigo combate militar cujos detalhes foram preservados. Após desbaratar cabalmente as forças cananéias na batalha, Faraó capturou um rico despojo, incluindo 924 carros de guerra!”

O Dr. Zev Vilnay, autor do Novo Atlas de Israel (em inglês), descreve adicionalmente o vale como “cenário de batalhas famosas desde o alvorecer da história até a Primeira Guerra Mundial”.

Megido — Palco da Guerra Final?

O último livro da Bíblia, Revelação(apoc.), registra a visão de “reis de toda a terra habitada” serem ajuntados “para a guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no “Har–Magedon” [“Monte de Megido“], ou Armagedom. (Revelação 16:14, 16) Devido à similaridade de nomes, alguns concluíram que esta guerra ocorrerá no local em que Megido literalmente se situa. Não obstante, o outeiro de Megido dificilmente pode ser chamado de “monte”. Considere também: Será o vale de Megido suficientemente grande para comportar todos os governantes da terra com seus grandes exércitos e vasto aparato militar? “Trata-se de linguagem apocalíptica”, diz-nos a enciclopédia International Standard Bible, “e é possível que o Armagedom seja usado não como nome para uma localidade específica, mas como termo simbólico para o conflito decisivo final”.

Então, o que é “Har–Magedon”? Obviamente é algo figurativo. Aproveitando-se da história de Megido qual local de batalhas decisivas, Revelação(apoc.) usa-a para representar a iminente situação em que o ódio de “todas as nações” contra o povo de Deus atingirá um clímax. (Mateus 24:9, 14) Visto que os verdadeiros cristãos continuam a apoiar lealmente o Reino de Deus, os governantes da terra se unirão e, com efeito, ‘ajuntar-se-ão’ para destruí-los. Mas as Testemunhas de Jeová não retaliarão. (Isaías 2:1-4) O seu rei, o Senhor Jesus Cristo, foi designado por Deus para lutar por elas. No momento crucial este Rei celestial junto com “os exércitos. . . no céu” intervirá e atacará “os reis da terra e seus exércitos”. Esta batalha global será decisiva, como as travadas em Megido. Todos os inimigos terrestres ‘perecerão’, conforme profetizou o canto de vitória de Débora e Baraque! — Revelação (apoc.)19:11-21; Juízes 5:31.

Estará você entre os que amam a Jeová — ou entre seus inimigos? A Bíblia deixa claro que aqueles que não se posicionam a favor de Jeová Deus e de seu povo correm o sério risco de perderem a vida. (Sofonias 2:3; 2 Tessalonicenses 1:7-9) Portanto, não há tempo a perder! “Eis que venho como ladrão”, alerta o glorificado Jesus Cristo referindo-se especificamente ao clímax da “grande tribulação”, no Armagedom. — Revelação (apoc.)16:15; Mateus 24:21.

“A guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, terá um final glorioso. Abrirá o caminho para o Reino de Deus transformar a terra num paraíso. (Mateus 6:9, 10; Revelação(apoc.) 21:3-5) Mas, o que é melhor de tudo, ela vindicará o maior nome no universo num cumprimento magnífico da antiga oração profética:

“Faze-lhes como a Midiã, como a Sísera, como a Jabim no vale da torrente de Quisom. . . . Que tu os persigas assim com a tua tormenta e os perturbes com o teu próprio tufão. Enche-lhes as faces de desonra, para que as pessoas procurem o teu nome, ó Jeová. Fiquem envergonhados e perturbados para todo o sempre, e fiquem encabulados e pereçam; para que as pessoas saibam que tu, cujo nome é Jeová, somente tu és o Altíssimo sobre toda a terra.” — Salmo 83:9, 15-18.
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