Que se fazia tal distinção é demonstrado em Génesis 7:2: “De cada animal limpo tens de tomar a ti de sete em sete, o macho e sua fêmea; e de todo animal que não é limpo apenas dois, o macho e sua fêmea.” Esta distinção dificilmente se podia basear no que se podia comer e no que não se podia comer, pois antes do Dilúvio não se comia carne; foi só depois do Dilúvio que a carne de animais foi acrescentada à vegetação como fonte de alimento. E nem mesmo então havia limitações quanto a que animais o homem podia comer, mas todos eles lhe deviam servir como carne, segundo a sua escolha. (Gên. 1:29, 30; 9:2-4) No que se refere ao comer, as designações de “limpo” e “impuro” vieram à existência com a lei de Moisés e terminaram com ela. (Atos 10:9-16) Aparentemente, a distinção anterior à lei mosaica se fazia segundo o que era próprio para ser sacrificado na adoração de Jeová. Parece que Abel sabia da propriedade dos sacrifícios de animais. Os animais que ele tomou para este fim, segundo se relata, mostraram ser “limpos”. Que Noé pensava nesta distinção com relação aos sacrifícios e não quanto ao comer é demonstrado pela sua acção logo depois de sair da arca após o Dilúvio: “E Noé começou a construir um altar a Jeová e a tomar alguns de todos os animais limpos, e de todas as Criaturas voadoras limpas, e a fazer ofertas queimadas sobre o altar.” — Gên. 8:20.