Tudo o que não está em harmonia com a personalidade, as normas, os modos de agir e a vontade de Deus, e, portanto, é contrário a eles; tudo o que macula a relação da pessoa com Deus. Podem ser palavras (Jó 2:10; Sal 39:1), acções (praticar actos errados [Le 20:20; 2Co 12:21] ou deixar de fazer o que devia ser feito [Núm 9:13; Tg 4:17]), ou a atitude mental ou do coração (Pr 21:4; compare isso também com Ro 3:9-18; 2Pe 2:12-15). A falta de fé em Deus é um dos principais pecados, uma vez que revela desconfiança nele ou falta de confiança em sua capacidade de realização. (He 3:12, 13, 18, 19) Uma consideração do uso dos termos das línguas originais e dos exemplos ligados a eles ilustra isso.
O termo hebraico comum traduzido “pecado” é hhat·tá’th; em grego, a palavra usual é ha·mar·tí·a. Em ambas as línguas, as formas verbais (hebr.: hha·tá’; gr.: ha·mar·tá·no) significam “errar”, no sentido de errar ou não atingir um alvo, caminho, marco ou ponto certo. Em Juízes 20:16, hha·tá’ é usado, junto com um negativo, para descrever os benjamitas que podiam ‘atirar com a funda pedras num fio de cabelo, e não errar’. Escritores gregos frequentemente usavam ha·mar·tá·no referente a um lanceiro errar o alvo. Ambas estas palavras eram usadas para significar errar ou deixar de atingir não apenas objectos ou alvos literais (Jó 5:24), mas também alvos ou marcos morais ou intelectuais. Provérbios 8:35, 36, diz que aquele que acha sabedoria piedosa acha a vida, mas que ‘aquele que não acerta [do hebr.: hha·tá’] a sabedoria faz violência à sua alma’, o que resulta na morte. Nas Escrituras, tanto o termo hebraico como o grego se referem principalmente a criaturas inteligentes de Deus pecarem, a errarem o alvo com respeito ao seu Criador.