O registo bíblico torna evidente que o propósito original de Deus era que o homem fosse chefe de sua família e que a esposa estivesse em sujeição ao seu marido.
Antes de Eva ser criada, Jeová declarou: “Não é bom que o homem continue só. Vou fazer-lhe uma ajudadora como complemento dele.” (Gên. 2:18) Portanto, o homem teria a responsabilidade primária na família e a mulher o ajudaria.
O apóstolo Paulo, em 1 Timóteo 2:11-14, menciona que Adão foi criado primeiro, ao mostrar que as mulheres na congregação cristã devem estar em sujeição aos homens, quais superintendentes, e que a mulher não deve ‘exercer autoridade sobre o homem’. Por que não? “Porque Adão foi formado primeiro, depois Eva. Também, Adão não foi enganado, mas a mulher foi totalmente enganada e veio a estar em transgressão.”
Eva devia ter consultado cuidadosamente seu marido a respeito de qualquer decisão importante a ser tomada. E devia ter estado especialmente atenta a perguntar-lhe, quando foi tentada a comer do fruto proibido, visto que o engodo da serpente era para desobedecer à ordem prévia de Deus, dada por meio de seu marido Adão, de não comer do fruto proibido. Reconhecer assim a chefia de seu marido teria servido de protecção e salvaguarda para ela. A submissão à chefia dele, por consultá-lo e cooperar com ele, ter-lhe-ia ajudado muito em prestar obedientemente a devida adoração a Deus.
Sentenciando Eva, Jeová disse: “Aumentarei grandemente a dor da tua gravidez; em dores de parto darás à luz filhos, e terás desejo ardente de teu esposo, e ele te dominará.” — Gên. 3:16.
Não parece que Jeová tenha trazido directamente à existência tais condições, como punição para Eva, e, por herança, sobre todas as filhas descendentes dela. Antes, por cortar tanto a mulher como o homem do favor divino, Jeová indicou as consequências e os abusos que resultariam. Ter filhos seria muito difícil sob condições imperfeitas. Jeová sabia de antemão que dentro do arranjo marital as imperfeições levariam então muitas vezes à frustração, ansiedade e perturbação. Para a mulher, o desejo de ter um marido seria natural, não só para satisfação sexual, mas também por desejar ter um lar e filhos, segurança e companheirismo. Esses desejos seriam muito fortes na mulher, embora sua satisfação significasse ser dominada por um marido imperfeito.
Tal domínio pelo marido iria além do exercício normal da chefia. Resultaria às vezes da tentativa da mulher, de usurpar a chefia do marido, resistindo o homem a tal usurpação. Também, o marido amiúde tenderia a abusar de sua chefia.
O apóstolo Paulo advertiu que, mesmo no casamento cristão, haveria ocasiões de “tribulação na sua carne”. (1 Cor. 7:28) Não obstante, mesmo em condições imperfeitas, pode haver no casamento cristão uma boa medida de felicidade e bom êxito. Quando predomina o amor, e o marido e a esposa reconhecem e desempenham seus respectivos papéis, qualquer tendência para o domínio por parte da esposa ou para o abuso da chefia por parte do marido ficaria reduzida ao mínimo. A esposa cristã compreende a sabedoria de ela se sujeitar à chefia de seu marido com profundo respeito, e o marido cristão está cônscio de ter de amar sua esposa assim como ama seu próprio corpo. — Efé. 5:21-23. 1 Ped. 3:7