Ao norte de Siquém fica outro vale fértil, que ascende de abaixo do nível do mar e se abre numa vasta planície. Toda esta região é chamada de vale de Jezreel, levando o nome da cidade de Jezreel. Ao norte do vale ficam as colinas da Galiléia, onde se encontrava Nazaré, a cidade de residência de Jesus. “Nazaré”, explica George Smith no seu livro The Historical Geography of the Holy Land (A Geografia Histórica da Terra Santa), “fica numa bacia entre colinas; mas no momento que se sobe à beira desta bacia, . . . que vista se tem! [O vale de Jezreel] fica diante da gente, com seus . . . campos de batalha . . . É um mapa da história do Velho Testamento.”
Neste vale plano, os arqueólogos escavaram as ruínas das cidades-reinos conquistadas por Israel nos dias de Josué, a saber, Taanaque, Megido, Jocneão e possivelmente Quedes. (Josué 12:7, 21, 22) Nesta mesma região, nos dias do juiz Baraque e do juiz Gideão, Jeová livrou milagrosamente seu povo de poderosíssimas nações inimigas. — Juízes 5:1, 19-21; 6:33; 7:22.
Séculos mais tarde, o Rei Jeú subiu este vale de carro até a cidade de Jezreel, para executar o julgamento de Jeová em Jezabel e na casa apóstata de Acabe. Da torre de vigia, em Jezreel, teria sido fácil ver no leste a aproximação das tropas de Jeú a uma distância de uns 20 quilómetros. Portanto, havia tempo bastante para o Rei Jeorão enviar primeiro um e depois outro mensageiro a cavalo, e para os reis Jeorão, de Israel, e Acazias, de Judá, por fim, atrelarem seus carros e se encontrarem com Jeú antes de ele chegar à cidade de Jezreel. Jeú prontamente executou Jeorão. Acazias fugiu, mas foi mais tarde ferido e morreu em Megido. (2 Reis 9:16-27) George Smith escreve a respeito de lugares de batalha tais como os acima mencionados: “É notável que em nenhuma das narrativas . . . há qualquer impossibilidade geográfica.”