À Procura da Verdade
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são vieira




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MensagemAssunto: outras ofertas   outras ofertas EmptySex Jul 31, 2009 3:43 am

Ofertas pelo pecado. Estas eram para pecados não intencionais, cometidos por causa das fraquezas da carne imperfeita, não “com mão erguida”, isto é, não aberta, orgulhosa e propositalmente. (Núm 15:30, 31 n) Empregavam-se vários sacrifícios animais, do novilho ao pombo, conforme a posição e as circunstâncias daquele(s) cujo pecado estava sendo expiado. Deve-se notar que as pessoas envolvidas nos pecados tratados em Levítico, capítulo 4, eram pessoas que haviam feito “uma das coisas que Jeová manda que não se façam”, e, assim, tornaram-se culpadas. (Le 4:2, 13, 22, 27) Quanto às ofertas pelo pecado no Dia da Expiação

Ofertas pela culpa.
As ofertas pela culpa também eram ofertas por causa do pecado, pois a culpa de qualquer espécie envolve pecado. Eram para pecados especiais, através dos quais a pessoa se tornara culpada, e diferiam ligeiramente de outras ofertas pelo pecado, no sentido de que parece que eram oferecidas para satisfazer ou restaurar um direito. Um direito, quer de Jeová, quer de sua nação santa, tinha sido violado. A oferta pela culpa visava satisfazer a Jeová no que dizia respeito ao direito violado, ou restaurar ou recuperar certos direitos pactuados para o malfeitor arrependido, e obter o livramento da pena pelo pecado dele. — Veja Is 53:10.

Ofertas de cereais. As ofertas de cereais eram feitas junto com as ofertas de participação em comum, com as ofertas queimadas e com as ofertas pelo pecado, e também como primícias; em outras épocas eram feitas de forma independente. (Êx 29:40-42; Le 23:10-13, 15-18; Núm 15:8, 9, 22-24; 28:9, 10, 20, 26-28; cap. 29) Estas eram feitas em reconhecimento da generosidade de Deus em suprir bênçãos e prosperidade. Não raro eram acompanhadas de azeite e incenso. As ofertas de cereais podiam ser feitas em forma de flor de farinha, de cereal tostado, ou de bolos de forma anular ou obreias que tivessem sido assados, cozidos numa chapa de assar ou numa frigideira funda. Parte da oferta de cereais era colocada sobre o altar da oferta queimada, parte era comida pelos sacerdotes, e, nas ofertas de participação em comum, o adorador também participava. (Le 6:19-23; 7:11-13; Núm 18:8-11) Nenhuma das ofertas de cereais apresentadas no altar podia conter fermento ou “mel” (pelo visto referindo-se ao xarope de figos ou ao suco de frutas) que poderia fermentar. — Le 2:1-16.

Ofertas de bebida. As ofertas de bebida eram apresentadas junto com a maioria das outras ofertas, especialmente depois de os israelitas se terem fixado na Terra da Promessa. (Núm 15:2, 5, 8-10) Estas consistiam em vinho (“bebida inebriante”) e eram derramadas sobre o altar. (Núm 28:7, 14; compare isso com Êx 30:9; Núm 15:10.) O apóstolo Paulo escreveu aos cristãos em Filipos: “Mesmo que eu esteja sendo derramado como oferta de bebida sobre o sacrifício e serviço público a que vos conduziu a fé, regozijo-me.” Aqui, ele usou a metáfora duma oferta de bebida, expressando sua disposição de gastar-se a favor dos concristãos. (Fil 2:17) Pouco antes de sua morte, ele escreveu a Timóteo: “Já estou sendo derramado como oferta de bebida, e o tempo devido para o meu livramento é iminente.” — 2Ti 4:6.

Ofertas movidas.
Nas ofertas movidas, o sacerdote evidentemente colocava suas mãos sob as mãos do adorador, que segurava o sacrifício a ser apresentado, e as movia para lá e para cá; ou a coisa oferecida era movida pelo próprio sacerdote. (Le 23:11a) Pelo visto Moisés, qual mediador do pacto da Lei, fez isso em favor de Arão e seus filhos ao consagrá-los para o sacerdócio. (Le 8:28, 29) Esta ação representava uma apresentação das coisas sacrificiais a Jeová. Certas ofertas movidas iam para os sacerdotes, como a porção deles. — Êx 29:27.

Quinhões sagrados (ofertas erguidas). A palavra hebraica teru·máh às vezes é traduzida “quinhão sagrado”, quando se refere à parte do sacrifício que era levantada, ou erguida, do sacrifício como parte pertencente aos sacerdotes. (Êx 29:27, 28; Le 7:14, 32; 10:14, 15) A palavra também é frequentemente traduzida “contribuição”, quando se refere às coisas dadas ao santuário, que, com excepção daquilo que era sacrificado sobre o altar, também ia para os sacerdotes, para o seu sustento. — Núm 18:8-13, 19, 24, 26-29; 31:29; De 12:6, 11.
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MarcioAlmeida




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MensagemAssunto: Re: outras ofertas   outras ofertas EmptySex Jul 31, 2009 8:26 am

Eu tenho por hábito fazer ofertas de alimentos pelas bênçãos que Deus tem me concedido.
Quando meu filho completou um ano, ofereci cem quilos de aliemtos que deveriam ser distribuídos entre as famílias carentes.
Vejo, por mim mesmo, nestas leis sobre ofertas que, ao coloca-las em prática, a pessoa se torna muito mais feliz.
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são vieira




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MensagemAssunto: sombra de um sacrificio maior   outras ofertas EmptySex Jul 31, 2009 9:59 am

O primeiro registo bíblico de ofertas feitas a Deus está relacionado com Caim e Abel. Lemos: “Sucedeu, ao fim de algum tempo, que Caim passou a trazer alguns frutos do solo como oferenda a Jeová. Mas, quanto a Abel, ele também trouxe dos primogénitos do seu rebanho, sim, dos seus pedaços gordos.” (Génesis 4:3, 4) A seguir, constatamos que Noé, preservado por Deus durante o grande Dilúvio que destruiu a geração iníqua dos seus dias, sentiu-se induzido “a fazer ofertas queimadas sobre o altar”. (Génesis 8:20) O fiel servo e amigo de Deus, Abraão, em diversas ocasiões, induzido pelas promessas e pelas bênçãos de Deus, ‘construiu um altar e invocou o nome de Jeová’. (Génesis 12:8; 13:3, 4, 18) Mais tarde, Abraão enfrentou a maior prova da sua fé quando Jeová mandou que sacrificasse seu filho Isaque como oferta queimada. (Génesis 22:1-14) Esses relatos, embora breves, lançam muita luz sobre o assunto de fazer sacrifícios, conforme veremos.

Estes e outros relatos bíblicos tornam claro que ofertar algum tipo de sacrifício era uma parte fundamental da adoração, muito antes de Jeová fornecer leis específicas a respeito disso. Em harmonia com isso, uma obra de referência define “sacrifício” como “rito religioso em que se oferece um objeto a uma divindade para estabelecer, manter ou restabelecer o relacionamento correto do homem com a ordem sagrada”. Mas isso suscita algumas perguntas importantes que merecem nossa cuidadosa consideração, tais como: Por que é preciso fazer um sacrifício na adoração? Que tipos de sacrifícios são aceitáveis a Deus? E que significado têm para nós hoje os sacrifícios antigos?

Por que o sacrifício é necessário?

Quando Adão pecou, fez isso deliberadamente. Tomar e comer ele o fruto da árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau foi um ato intencional de desobediência. A penalidade por este ato desobediente era a morte, conforme Deus declarara especificamente: “No dia em que dela comeres, positivamente morrerás.” (Génesis 2:17) Adão e Eva, por fim, receberam o salário do pecado — pereceram. — Génesis 3:19; 5:3-5.

No entanto, que dizer dos descendentes de Adão? Visto que herdaram de Adão o pecado e a imperfeição, estão sujeitos à mesma alienação de Deus, desespero e morte sofridos pelo primeiro casal humano. (Romanos 5:14) No entanto, Jeová não só é Deus de justiça e de poder, mas também — na realidade, primariamente — de amor. (1 João 4:8, 16) De modo que ele toma a iniciativa para sanar a brecha. Depois de declarar que “o salário pago pelo pecado é a morte”, a Bíblia prossegue, dizendo, “mas o dom dado por Deus é a vida eterna por Cristo Jesus, nosso Senhor”. — Romanos 6:23.

O que Jeová Deus por fim fez para garantir esta dádiva foi providenciar algo que cobriria a perda resultante da transgressão de Adão. No hebraico, a palavra ka·fár, de início provavelmente significava “cobrir”, ou talvez “apagar”, e ela é também traduzida “expiação”. Em outras palavras, Jeová proveu um meio adequado para cobrir o pecado herdado de Adão e apagar o dano resultante, a fim de que os habilitados a receber esta dádiva pudessem ser livrados da condenação ao pecado e à morte. — Romanos 8:21.

Fez-se alusão à esperança de se ser libertado da escravidão ao pecado e à morte logo depois de o primeiro casal humano ter pecado. Proferindo sua sentença contra Satanás, representado pela serpente, Jeová declarou: “Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre o teu descendente e o seu descendente. Ele te machucará a cabeça e tu lhe machucarás o calcanhar.” (Génesis 3:15) Por meio desta declaração profética lançou-se um raio de esperança para todos os que depositariam fé nesta promessa. No entanto, havia um preço a pagar por esta libertação. O Descendente prometido não simplesmente viria e destruiria a Satanás; o Descendente tinha de ser machucado no calcanhar, quer dizer, sofrer a morte, embora não permanentemente.

Sem dúvida, Adão e Eva reflectiram muito sobre a identidade do Descendente prometido. Quando Eva deu à luz seu primogénito, Caim, ela proclamou: “Produzi um homem com o auxílio de Jeová.” (Génesis 4:1) Achava ela que seu filho talvez fosse o Descendente? Quer sim quer não, Caim, bem como a oferta dele, mostraram ser um desapontamento. Por outro lado, seu irmão Abel mostrou fé na promessa de Deus e se sentiu induzido a oferecer algumas das primícias do seu rebanho como sacrifício a Jeová. Lemos: “Pela fé Abel ofereceu a Deus um sacrifício de maior valor do que Caim, sendo por esta fé que se lhe deu testemunho de que era justo.” — Hebreus 11:4.

A fé que Abel tinha não era apenas uma fé geral em Deus, que Caim também deve ter tido. Abel tinha fé na promessa de Deus, de que um Descendente causaria a salvação de humanos fiéis. Não lhe foi revelado como isso se daria, mas a promessa de Deus fez com que Abel se apercebesse de que alguém teria de ser machucado no calcanhar. Deveras, pelo visto, ele concluiu que se teria de derramar sangue — a própria ideia do sacrifício. Abel ofereceu à Fonte da vida uma dádiva que envolvia vida e sangue, provavelmente como símbolo do seu anseio intenso e da expectativa do cumprimento da promessa de Jeová. Foi esta expressão de fé que tornou o sacrifício oferecido por Abel agradável a Jeová e, de forma limitada, expressava a essência de um sacrifício — um meio pelo qual humanos pecadores podem aproximar-se de Deus para obter o seu favor. — Génesis 4:4; Hebreus 11:1, 6.

O profundo significado do sacrifício foi dramaticamente esclarecido quando Jeová mandou que Abraão apresentasse seu filho como oferta queimada. Embora este sacrifício não fosse executado literalmente, serviu como quadro do que o próprio Jeová por fim faria — ofertar seu Filho unigênito como o maior sacrifício já feito para cumprir Sua vontade para com a humanidade. (João 3:16) Com os sacrifícios e as ofertas da Lei mosaica, Jeová forneceu modelos proféticos, para ensinar aos do seu povo escolhido o que tinham de fazer para receber o perdão de seus pecados e para solidificar sua esperança de salvação. O que podemos aprender disso?

Sacrifícios aceitáveis a Jeová


“Todo sumo sacerdote é designado para oferecer tanto dádivas como sacrifícios”, diz o apóstolo Paulo. (Hebreus 8:3) Note que Paulo divide as ofertas feitas pelo sumo sacerdote do antigo Israel em duas categorias, a saber, “dádivas” e “sacrifícios”, ou “sacrifícios pelos pecados”. (Hebreus 5:1) As pessoas, em geral, dão dádivas para expressar afecto e apreço, bem como para cultivar amizade, favor e aprovação. (Génesis 32:20; Provérbios 18:16) De modo similar, muitas das ofertas prescritas pela Lei podem ser encaradas como “dádivas” feitas a Deus para obter a Sua aprovação e o Seu favor. As transgressões da Lei exigiam reparações, e para isso, ofereciam-se “sacrifícios pelos pecados”. O Pentateuco, especialmente os livros de Êxodo, Levítico e Números, apresentam uma ampla variedade de matéria referente aos tipos diferentes de sacrifícios e de ofertas. Embora para nós possa ser um verdadeiro desafio absorver e lembrar todos os pormenores, alguns pontos básicos sobre os diversos tipos de sacrifícios merecem nossa atenção.

Podemos notar que, nos capítulos 1 a 7 de Levítico, se descrevem individualmente cinco tipos principais de ofertas — a oferta queimada, a oferta de cereais, o sacrifício de participação em comum, a oferta pelo pecado e a oferta pela culpa — embora algumas delas, na realidade, fossem oferecidas juntas. Notamos também que estas ofertas são descritas duas vezes nestes capítulos, com objectivos diferentes: uma vez, em Levítico 1:2 a 6:7, pormenorizando o que se devia oferecer no altar, e a segunda vez, em Levítico 6:8 a 7:36, mostrando as porções que deviam ser separadas para os sacerdotes e as que estavam reservadas para o ofertante. Daí, nos capítulos 28 e 29 de Números, encontramos o que pode ser considerado como um cronograma pormenorizado, especificando o que devia ser ofertado diariamente, semanalmente e mensalmente, bem como nas festividades anuais.

Algo melhor viria

A Lei mosaica, com seus muitos sacrifícios e ofertas, foi dada aos israelitas para habilitá-los a se achegar a Deus, a fim de conseguir e reter o favor e a bênção dele até a chegada do prometido Descendente. O apóstolo Paulo, judeu natural, explicou isso do seguinte modo: “A Lei, por conseguinte, tornou-se o nosso tutor, conduzindo a Cristo, para que fôssemos declarados justos devido à fé.” (Gálatas 3:24) Lamentavelmente, Israel, como nação, não correspondeu a esta tutela, mas abusou deste privilégio. Por conseguinte, a multidão de seus sacrifícios tornou-se abominável para Jeová, que disse: “Já estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais bem cevados; e não me agrado do sangue de novilhos, e de cordeiros, e de cabritos.” — Isaías 1:11.

Em 70 EC, o sistema de coisas judaico, com seu templo e seu sacerdócio, chegou ao fim. Depois disso, sacrifícios na maneira estipulada pela Lei não eram mais possíveis. Significa isso que os sacrifícios, como parte integrante da Lei, perderam todo o sentido para os atuais adoradores de Deus?
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MensagemAssunto: aplicação para os cristãos   outras ofertas EmptySex Jul 31, 2009 10:04 am

Embora não se requeira de nós oferecer sacrifícios literais do modo estipulado pela Lei, ainda assim temos muita necessidade daquilo que os sacrifícios fizeram até certo grau para os israelitas, a saber, de termos os nossos pecados perdoados e de usufruirmos o favor de Deus. Já que não mais oferecemos sacrifícios literais, como podemos obter esses benefícios? Depois de salientar as limitações dos sacrifícios animais, Paulo declara: “Ao entrar no mundo, [Jesus] diz: ‘Sacrifício e oferta não quiseste, porém, preparaste-me um corpo. Não aprovaste os holocaustos e as ofertas pelos pecados.’ Então disse eu: ‘Eis aqui vim (no rolo do livro está escrito a meu respeito) para fazer a tua vontade, ó Deus.’ ” — Hebreus 10:5-7.

Citando o Salmo 40:6-8, Paulo salienta que Jesus não veio para perpetuar “sacrifício e oferta”, os “holocaustos e as ofertas pelos pecados”, os quais já não tinham mais a aprovação de Deus na ocasião em que Paulo escreveu isso. Antes, Jesus veio com um corpo preparado pelo seu Pai celestial, correspondente em todos os sentidos àquele que Deus preparou quando criou Adão. (Génesis 2:7; Lucas 1:35; 1 Coríntios 15:22, 45) Jesus, como Filho perfeito de Deus, desempenhava o papel do “descendente” da mulher, predito em Génesis 3:15. Ele tomaria as medidas para ‘machucar a cabeça de Satanás’, embora o próprio Jesus fosse ‘machucado no calcanhar’. Jesus tornou-se assim o meio provido por Jeová para a salvação da humanidade, aguardado por homens de fé desde os dias de Abel.

Falando deste papel especial desempenhado por Jesus, Paulo diz: “Àquele que não conheceu pecado, [Deus] fez pecado por nós, para que, por meio dele, nos tornássemos a justiça de Deus.” (2 Coríntios 5:21) A expressão “fez pecado” também pode ser traduzida ‘fez como oferta pelo pecado’. O apóstolo João diz: “Ele é um sacrifício propiciatório pelos nossos pecados, contudo, não apenas pelos nossos, mas também pelos do mundo inteiro.” (1 João 2:2) Portanto, ao passo que os israelitas tinham uma maneira temporária de se aproximar a Deus por meio dos seus sacrifícios, os cristãos têm uma base superior para se chegar a Deus — o sacrifício de Jesus Cristo. (João 14:6; 1 Pedro 3:18) Se tivermos fé no sacrifício resgatador provido por Deus e se obedecermos a Ele, também poderemos ter os nossos pecados perdoados e usufruir o favor e a bênção Dele. (João 3:17, 18) Não é isso motivo de consolo? No entanto, como podemos demonstrar que temos fé no sacrifício resgatador?

Depois de explicar que os cristãos têm uma base superior para se aproximar de Deus, o apóstolo Paulo, conforme lemos em Hebreus 10:22-25, delineia três maneiras de podermos demonstrar nossa fé e nosso apreço pela provisão amorosa feita por Deus. Embora a admoestação de Paulo se dirigisse principalmente aos que têm “o caminho de entrada no lugar santo” — quer dizer, aos cristãos ungidos com chamada celestial — todos os da humanidade certamente precisam prestar atenção às palavras inspiradas de Paulo se quiserem beneficiar-se do sacrifício propiciatório de Jesus. — Hebreus 10:19.

Ofereça sacrifícios limpos e imaculados

Primeiro, Paulo exorta os cristãos: “Aproximemo-nos com corações sinceros na plena certeza da fé, tendo os nossos corações aspergidos eximindo duma consciência iníqua e os nossos corpos banhados com água limpa.” (Hebreus 10:22) A linguagem usada aqui reflecte inconfundivelmente o que se fazia no caso de um sacrifício típico sob a Lei. Isto é apropriado porque, para um sacrifício ser aceitável, ele tinha de ser ofertado com a motivação correta e ser algo limpo e imaculado. O animal sacrificado era da manada ou do rebanho, quer dizer, dos animais limpos, e era “sadio”, sem defeito. Se o sacrifício fosse duma ave, tinha de ser de rolas ou de pombos novos. Satisfazendo-se estes requisitos, ‘devia ser favoravelmente aceito em prol dele, para fazer expiação por ele’. (Levítico 1:2-4, 10, 14; 22:19-25) A oferta de cereais não continha fermento, que é símbolo de corrupção; tampouco continha mel, que provavelmente se referia a um xarope de frutas, que tem a tendência de causar fermentação. Ao se oferecerem no altar os sacrifícios de animais ou de cereais, adicionava-se sal como conservante. — Levítico 2:11-13.

Que dizer da pessoa que fazia a oferta? A Lei declarava que todo aquele que se chegasse a Jeová tinha de ser limpo e imaculado. Quem por algum motivo tivesse ficado maculado primeiro tinha de fazer uma oferta pelo pecado ou pela culpa, a fim de restabelecer sua condição limpa perante Jeová, para que sua oferta queimada ou seu sacrifício de participação em comum fosse aceitável para Ele. (Levítico 5:1-6, 15, 17) Portanto, será que reconhecemos a importância de sempre manter uma condição limpa perante Jeová? Se quisermos que nossa adoração seja aceitável para Deus, teremos de corrigir rapidamente quaisquer violações da lei de Deus. Deveremos aproveitar-nos prontamente dos meios de ajuda providos por Deus — “os anciãos da congregação” e o “sacrifício propiciatório pelos nossos pecados”, Jesus Cristo. — Tiago 5:14; 1 João 2:1, 2.

A ênfase dada a se estar livre de qualquer aviltamento, na realidade, era a diferença básica entre os sacrifícios oferecidos a Jeová e os oferecidos a deuses falsos pelas pessoas das nações em volta de Israel. Comentando este aspecto diferente dos sacrifícios na Lei mosaica, uma obra de referência diz: “Podemos observar que não há ligação com a adivinhação ou o augúrio; não há frenesi religioso, automutilação ou prostituição sagrada, proibindo-se totalmente ritos de fertilidade sensuais e orgásticos; não há sacrifícios humanos; nenhuns sacrifícios aos mortos.” Tudo isso chama atenção para um fato: Jeová é santo, e ele não sanciona nem aprova qualquer tipo de pecado ou de corrupção. (Habacuque 1:13) A adoração e os sacrifícios oferecidos a ele têm de ser limpos e imaculados em sentido físico, moral e espiritual. — Levítico 19:2; 1 Pedro 1:14-16.

Em vista disso, devemos examinar a nós mesmos em todos os aspectos da vida, para ter certeza de que nosso serviço prestado a Jeová lhe seja aceitável. Nunca devemos pensar que, desde que tenhamos alguma participação nas reuniões cristãs e no ministério, não faz diferença o que fazemos na vida particular. Tampouco devemos pensar que a participação em atividades cristãs de algum modo nos exime da necessidade de acatar as leis de Deus em outros campos da nossa vida. (Romanos 2:21, 22) Não podemos esperar a bênção e o favor de Deus, se permitirmos que alguma coisa impura ou aviltada aos olhos dele contamine nosso modo de pensar ou nossas ações. Lembre-se das palavras de Paulo: “Eu vos suplico, irmãos, pelas compaixões de Deus, que apresenteis os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e aceitável a Deus, um serviço sagrado com a vossa faculdade de raciocínio. E cessai de ser modelados segundo este sistema de coisas, mas sede transformados por reformardes a vossa mente, a fim de provardes a vós mesmos a boa, e aceitável, e perfeita vontade de Deus.” — Romanos 12:1, 2.

Ofereça de todo o coração sacrifícios de louvor


Escrevendo aos hebreus, Paulo a seguir chama atenção para um aspecto vital da verdadeira adoração: “Apeguemo-nos à declaração pública da nossa esperança, sem vacilação, pois aquele que prometeu é fiel.” (Hebreus 10:23) A expressão “declaração pública” significa literalmente “confissão”, e Paulo fala também de “um sacrifício de louvor”. (Hebreus 13:15) Isto nos lembra o tipo de sacrifício oferecido por homens tais como Abel, Noé e Abraão.

Quando um israelita oferecia um sacrifício queimado, fazia-o “de sua própria vontade  . . . perante Jeová”. (Levítico 1:3) Por meio de tal sacrifício, ele fazia voluntariamente uma declaração pública, ou um reconhecimento, das abundantes bênçãos e da benevolência de Jeová para com Seu povo. Lembre-se de que uma peculiaridade do sacrifício queimado era que a oferta inteira era consumida no altar — um símbolo apropriado de devoção e dedicação total. De forma correspondente, demonstramos nossa fé no sacrifício resgatador e nossa gratidão por esta provisão ao voluntariamente e de todo o coração oferecermos a Jeová nosso “sacrifício de louvor, isto é, o fruto de lábios”.

Embora os cristãos não ofereçam sacrifícios literais — animais ou vegetais — eles têm a responsabilidade de dar testemunho das boas novas do Reino e de fazer discípulos de Jesus Cristo. (Mateus 24:14; 28:19, 20) Aproveita você as oportunidades de participar em declarar publicamente as boas novas do Reino de Deus, para que muitos outros possam chegar a conhecer as coisas maravilhosas que Deus tem em reserva para a humanidade obediente? Gasta voluntariamente seu tempo e sua energia em ensinar os interessados e em ajudá-los a se tornarem discípulos de Jesus Cristo? Nossa participação zelosa no ministério, assim como o cheiro repousante duma oferta queimada, agrada bem a Deus. — 1 Coríntios 15:58.

Alegre-se da associação com Deus e com homens

Por fim, Paulo chama atenção ao nosso relacionamento com concristãos ao adorarmos a Deus. “Consideremo-nos uns aos outros para nos estimularmos ao amor e a obras excelentes, não deixando de nos ajuntar, como é costume de alguns, mas encorajando-nos uns aos outros, e tanto mais quanto vedes chegar o dia.” (Hebreus 10:24, 25) As expressões “nos estimularmos ao amor e a obras excelentes”, “nos ajuntar” e “encorajando-nos uns aos outros” nos fazem lembrar o que a oferta de participação em comum em Israel fazia para o povo de Deus.

A expressão “ofertas de participação em comum” é às vezes traduzida “ofertas de paz”. A palavra hebraica para “paz”, neste caso, está no plural, talvez indicando que a participação em tais sacrifícios resulta em paz com Deus e com companheiros de adoração. Um erudito faz a seguinte observação sobre o sacrifício de participação em comum: “Esta era deveras uma ocasião de feliz associação com o Deus do Pacto, na qual Ele condescendia tornar-se o Convidado de Israel na refeição sacrificial, assim como Ele era sempre o Hospedeiro deles.” Isto nos faz lembrar a promessa de Jesus: “Onde há dois ou três ajuntados em meu nome, ali estou eu no meio deles.” (Mateus 18:20)

No sacrifício de participação em comum, toda a gordura — sobre os intestinos, sobre os rins, a acrescência sobre o fígado, e sobre os lombos, bem como a cauda gorda das ovelhas — era ofertada a Jeová por ser queimada, feita fumegar sobre o altar. (Levítico 3:3-16) Esta gordura era considerada a parte mais nutritiva e melhor do animal. Ofertá-la sobre o altar simbolizava dar o melhor a Jeová. O que torna as reuniões cristãs especialmente alegres é que não só recebemos instruções, mas também damos louvor a Jeová. Fazemos isso por participar — com nosso esforço humilde, mas melhor — em cantar de coração, em escutar com atenção e em comentar quando possível. “Louvai a Jah!” exclamou o salmista. “Cantai a Jeová um novo cântico, seu louvor na congregação dos que são leais.” — Salmo 149:1.

Aguardam-nos bênçãos abundantes de Jeová

Na inauguração do templo em Jerusalém, no sétimo mês do ano 1026 AEC, o Rei Salomão ofereceu “um grande sacrifício perante Jeová”, que consistiu em “o sacrifício queimado e a oferta de cereais, e os pedaços gordos dos sacrifícios de participação em comum”. Além do que se ofereceu nas ofertas de cereais, sacrificaram-se naquela ocasião 22.000 cabeças de gado e 120.000 ovelhas. — 1 Reis 8:62-65.

Pode imaginar a despesa e a quantidade de trabalho envolvidas em tal cerimónia enorme? No entanto, as bênçãos que Israel recebeu obviamente ultrapassaram em muito o custo. No fim da festividade, Salomão “mandou o povo embora; e eles começaram a abençoar o rei e a ir para os seus lares, alegrando-se e sentindo-se contentes de coração por toda a bondade que Jeová havia feito a Davi, seu servo, e a Israel, seu povo”. (1 Reis 8:66) Deveras, conforme Salomão o expressou, “a bênção de Jeová — esta é o que enriquece, e ele não lhe acrescenta dor alguma”. — Provérbios 10:22.

Vivemos na época em que a “sombra das boas coisas vindouras” foi substituída pela “própria substância das coisas”. (Hebreus 10:1) Jesus Cristo, no papel do grande antitípico Sumo Sacerdote, já entrou no próprio céu e apresentou ali o valor do seu sangue para fazer expiação por todos os que exercem fé no seu sacrifício. (Hebreus 9:10, 11, 24-26) À base deste grande sacrifício e por oferecermos a Deus de todo o coração nossos sacrifícios de louvor, que são limpos e imaculados, nós também podemos avançar, ‘alegrando-nos e sentindo-nos contentes de coração’, à espera de bênçãos abundantes da parte de Jeová. — Malaquias 3:10.
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