A primeira referência bíblica a um arco-íris acha-se no relato sobre o pacto de Deus com Noé e sua descendência, depois que os sobreviventes do Dilúvio saíram da arca. (Gên 9:8-17; Is 54:9, 10)
Não obstante, esta é a primeira menção dum arco-íris, e se um arco-íris já tivesse sido visto antes, não haveria nenhuma força real em Deus torná-lo um sinal destacado do seu pacto. Teria sido algo corriqueiro, e não um sinal significativo duma mudança, de algo novo.
A Bíblia não descreve o grau de claridade da atmosfera antes do Dilúvio. Mas, pelo que parece, as condições atmosféricas eram tais que, até ocorrer a mudança quando ‘se abriram as comportas dos céus’ (Gên 7:11), ninguém antes de Noé e sua família tinha visto um arco-íris. Mesmo hoje, as condições atmosféricas influem quanto a se poder ver ou não um arco-íris.
Jeová abençoou os sobreviventes do Dilúvio, ordenando-lhes: “Sede fecundos e tornai-vos muitos, e enchei a terra.” Daí, ele estabeleceu novos decretos para o bem-estar deles: (1) Permitiu-lhes bondosamente acrescentar a carne de animais à sua alimentação; (2) mas, visto que a alma está no sangue, não se devia consumir o sangue; (3) instituiu-se a pena capital aplicada por autoridade devidamente constituída. Essas leis eram obrigatórias para toda a humanidade, descendente dos três filhos de Noé. — Gên 1:28; 9:1-7; 10:32.
Depois de estabelecer esses decretos, Jeová passou a dizer: “E quanto a mim, eis que estabeleço o meu pacto convosco e com a vossa descendência depois de vós, e com toda alma vivente que está convosco, dentre as aves, dentre os animais e dentre todas as criaturas viventes da terra convosco . . . Sim, deveras estabeleço o meu pacto convosco: Não mais será toda a carne decepada pelas águas dum dilúvio e não mais virá a haver dilúvio para arruinar a terra.” O arco-íris até hoje continua como “sinal”, ou lembrete, deste pacto. — Gên 9:8-17; Is 54:9.