Diversos dos pequenos reinos de Canaã, alarmados com o progresso rápido da invasão, se unem no esforço de impedir o avanço de Josué. Mas, ‘os habitantes de Gibeão, ouvindo o que Josué havia feito a Jericó e a Ai, agem com astúcia’. (Jos. 9:3, 4) Fingem ser de um país distante de Canaã, e fazem um pacto com Josué “para deixá-los viver”. Quando os israelitas descobrem o ardil, respeitam o pacto, mas fazem dos gibeonitas “ajuntadores de lenha e tiradores de água”, quais ‘escravos mais baixos’, cumprindo-se assim em parte a maldição que Noé, sob inspiração divina, pronunciara contra Canaã, filho de Cã. — Jos. 9:15, 27; Gên. 9:25.
Essa deserção dos gibeonitas não é coisa insignificante, pois “Gibeão era uma cidade grande . . . maior do que Ai, e todos os seus homens eram poderosos”. (Jos. 10:2) Adoni-Zedeque, rei de Jerusalém, vê nisso uma ameaça contra si mesmo e contra os demais reinos de Canaã. Tem de ser punido para servir de exemplo, a fim de que não haja mais deserção para o lado do inimigo. Portanto, Adoni-Zedeque e outros quatro reis (das cidades-reinos de Hébron, Jarmute, Laquis e Eglom) se organizam e guerreiam contra Gibeão. Josué, fiel a seu pacto com os gibeonitas, marcha a noite inteira para ir em socorro deles, e desbarata os exércitos dos cinco reis. Mais uma vez, Jeová luta pelo seu povo, empregando poderes e sinais sobre-humanos, com resultados devastadores. Grandes pedras de saraiva caem do céu, matando mais inimigos do que as espadas do exército israelita. Daí, maravilha das maravilhas, ‘o sol fica parado no meio dos céus e não tem pressa em pôr-se por cerca de um dia inteiro’. (10:13) Assim, podem ser completadas as operações de limpeza. Os sábios do mundo talvez tentem desacreditar este acontecimento miraculoso, mas os homens de fé aceitam o relato divino, bem cientes do poder de Jeová de controlar as forças do universo e de dirigi-las segundo a Sua vontade. Pois, com efeito, “o próprio Jeová lutava por Israel”. — 10:14.