(Eclesiastes 12:1-7) . . .Lembra-te, pois, do teu Grandioso Criador nos dias da tua idade viril, antes que passem a vir os dias calamitosos ou cheguem os anos em que dirás: “Não tenho agrado neles”; 2 antes que escureçam o sol, e a luz, e a lua, e as estrelas, e retornem as nuvens, depois o aguaceiro; 3 no dia em que trepidam os guardiães da casa, e se tiverem dobrado os homens de energia vital e tiverem cessado de trabalhar as moedoras por se terem tornado poucas, e as damas olhando pelas janelas o acharem escuro; 4 e as portas que dão à rua tiverem sido fechadas, quando o ruído da moenda fica baixo e a pessoa se levanta ao som de um pássaro, e todas as filhas do cântico soam baixo. 5 Também, ficaram com medo do que é meramente alto, e há terrores no caminho. E a amendoeira carrega flores, e o gafanhoto se arrasta, e o fruto da alcaparra rebenta, porque o homem caminha para a sua casa de longa duração e os lamentadores têm marchado em volta na rua; 6 antes que se remova a corda de prata, e se esmague a tigela de ouro, e se quebre o cântaro junto à fonte, e tenha sido esmagada a roda de água para a cisterna. 7 Então o pó retorna à terra, assim como veio a ser, e o próprio espírito retorna ao [verdadeiro] Deus que o deu.
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A “
casa” refere-se ao corpo humano. (Mateus 12:43-45; 2 Coríntios 5:1-
Seus “
guardiães” são os braços e as mãos, que protegem o corpo e cuidam das suas necessidades. Na velhice, eles muitas vezes tremem de fraqueza, nervosismo e paralisia. “
Os homens de energia vital” — as pernas — não mais são colunas fortes, mas enfraqueceram e se dobram, de modo que os pés apenas se arrastam.
‘A
s moedoras cessaram de trabalhar por se terem tornado poucas’ — mas como? Os dentes podem ter deteriorado ou ter sido perdidos, sobrando poucos ou nenhum. Mastigar alimento sólido é difícil ou deixa de ser feito. “As damas olhando pelas janelas” — os olhos junto com as faculdades mentais pelas quais conseguimos enxergar — ficaram fracas, se não totalmente escuras.
“
E as portas que dão à rua”, prossegue o congregante, “
tiverem sido fechadas, quando o ruído da moenda fica baixo e a pessoa se levanta ao som de um pássaro, e todas as filhas do cântico soam baixo”. (Eclesiastes 12:4) As duas portas da boca — os lábios — não mais se abrem muito ou nem se abrem para expressar o que há na “casa”, ou no corpo, dos de idade avançada que não servem a Deus. Nada é mandado para a “rua” da vida pública.
O ruído da moenda fica baixo quando o alimento é mastigado com gengivas sem dentes. O homem idoso não dorme profundamente. Até mesmo os pios dum pássaro o perturbam. Ele canta poucos cânticos e seu canto é fraco. “
Todas as filhas do cântico” — as notas da melodia — “
soam baixo”. No caso dum homem idoso, “
a amendoeira carrega flores”, aparentemente indicando que seu cabelo se torna grisalho e depois branco como a neve. Os cabelos grisalhos caem como as flores brancas da amendoeira. Ao passo que ‘
ele se arrasta’, talvez com os braços pendentes ou as mãos nos quadris, com os cotovelos voltados para cima, ele se parece com um gafanhoto.
O apetite da pessoa idosa não é mais tão aguçado como antes, mesmo que a comida diante dela seja tão gostosa como a alcaparra. Esses frutos têm sido por muito tempo usados para estimular o apetite. ‘
Rebentar o fruto da alcaparra’ sugere que quando o apetite dum homem idoso diminui, até mesmo este fruto deixa de estimular seu desejo de comer. Essas coisas indicam que ele se está aproximando da sua
“casa de longa duração”, a sepultura. Esta será sua casa para sempre se ele deixou de se lembrar do seu Criador e se seguiu um caminho tão iníquo, que Deus não se lembra dele na época da ressurreição.
A “
corda de prata” pode ser a medula espinhal. A morte é certa quando esta maravilhosa passagem dos impulsos para o cérebro é irreparavelmente danificada. A “
tigela de ouro” pode indicar o cérebro, com o crânio em forma de tigela, ao qual a medula espinhal está ligada. O cérebro, com a preciosidade do ouro, quando deixa de funcionar, significa a morte.
“
O cântaro junto à fonte” é o coração, que recebe a corrente de sangue e a faz circular de novo pelo corpo. Na morte, o coração é como um cântaro quebrado, despedaçado junto à fonte, porque não pode mais receber, conter ou bombear o sangue vital para a nutrição e o revigoramento do corpo. A ‘
esmagada roda de água para a cisterna’ não gira mais, acabando com a circulação do sangue sustentador da vida. Jeová revelou assim a Salomão a circulação do sangue muito antes de o médico William Harvey, do século 17, ter demonstrado a sua circulação.
) Com o esmagamento da “
roda de água”, o corpo humano, originalmente feito do pó do solo, volta ao pó. (Gênesis 2:7; 3:19)