Moisés liderou as 12 tribos pelo deserto da Península do Sinai, e seu sucessor Josué tomou para si a tarefa de coordenar a tomada de Canaã. Para que ocorresse de forma ordenada, a terra de Canaã foi dividida entre cada uma das tribos e meias-tribos, que se encarregaram de conquistá-las, na maior parte dos casos sem o auxílio das demais. Uma das tribos, a de Levi, não recebeu uma porção territorial fixa, mas sim algumas cidades distribuídas por toda a Palestina.
O território de algumas das tribos, como Simeão e Aser, correspondiam a áreas mais tarde dominadas por filisteus e fenícios, respectivamente. Após a narrativa da conquista de Canaã, os relatos acerca destas tribos se tornam confusos, e as suas referências geográficas são praticamente inexistentes, ou inconsistentes, dando a entender que essas tribos deixaram de existir geograficamente, e seu povo foi absorvido ou por povos estrangeiros, ou por outras tribos israelitas, ou por ambos, embora ainda fossem contados como parte das 12 tribos.
A tribos de Dã é outro exemplo de mudança ao longo da Bíblia. Inicialmente, Dã é posicionada na metade sul da Palestina, em um pequeno território posteriormente conquistado pelos filisteus. Mas ao contrário de Simeão e Aser, o território de Dã continuou existindo, mas muito mais ao norte, ao redor da cidade de mesmo nome. Algumas interpretações colocam que Dã havia sido alocada desde o princípio em dois territórios disjuntos.
A meia-tribo de Manassés ocupou um vasto território nos dois lados do Rio Jordão, do Mar Mediterrâneo até a Síria, próximo a Damasco. Efraim foi posicionada na região central, incluindo as importantes cidades de Siló, Gilgal e Betel, cuja importância remete às histórias dos Patriarcas. Benjamim recebeu um territótio pequeno ao sul de Efraim, porém incluindo cidades importantes, como Gibeá, Jericó e Jerusalém. Judá posicionou-se num vasto território montanhoso e fértil ao sul, entre o Mar Morto e o Mediterrâneo, tendo Hebrom e Belém como cidades mais importantes. As demais tribos receberam territórios pequenos, ou com pequena importância na narrativa bíblica subseqüente.